Conheça a história de 5 mulheres que dão nome às ruas de Higienópolis
O tradicional bairro homenageia grandes personalidades da sociedade paulista
Caminhar pelas ruas e avenidas do bairro de Higienópolis, em São Paulo, é deparar-se com uma série de nomes que fazem parte da história da cidade. São nomes que ajudaram a construir a região e que foram influentes por diversos motivos.
Em sua avenida mais conhecida, a Angélica, muitos devem se perguntar quem foi esta mulher e porque o nome dela foi dado à travessia que corta o bairro. O texto de hoje vai te contar com mais detalhes quem foram as cinco mulheres homenageadas em Higienópolis. Confira!
Avenida Angélica
A principal avenida de Higienópolis recebe o nome de dona Maria Angélica de Sousa Queirós, considerada por muitos uma das fundadoras do bairro. Nascida em Rio Claro, no interior paulista, em 1842, Angélica pertenceu a uma família bastante rica e influente do estado.
Seus pais eram Francisco Antônio de Sousa Queirós, um importante político e dono de terras rurais, chamado de Barão de Sousa Queirós, e Antônia Eufrasina Vergueiro. Seus avós, tanto maternos, quanto paternos, também eram influentes. Pelo lado de sua mãe, Angélica era neta do Senador Vergueiro, um dos primeiros produtores de café a utilizar mão de obra remunerada em suas plantações, já seu avô por parte de pai era Luis Antônio de Sousa Queirós, ou, Brigadeiro Luis Antônio, que também foi homenageado e se tornou nome de rua na capital paulista.
Angélica cresceu entre as propriedades de sua família, estando ora em Limeira, ora em São Paulo, na grande chácara localizada onde hoje é parte de Higienópolis. Aos 20 anos,
casou-se com seu primo Francisco de Aguiar Barros, que por sua vez, era filho dos Barões de Itu.
Os recém-casados passaram a viver na Chácara das Palmeiras, uma das propriedades da família de Angélica. Lá, o casal criou dez filhos e viveram até o final de suas vidas.
Rua Dona Veridiana
Veridiana Valéria da Silva Prado, nasceu em 1825, na cidade de São Paulo e trilhou seu caminho pelos campos do empreendedorismo, dos negócios rurais e da filantropia.
Filha do Barão de Iguape, Veridiana casou-se aos 13 anos de idade com seu tio, irmão de seu pai. Apesar de não ser sua vontade inicial, o casal conviveu de forma pacífica nos primeiros anos de matrimônio e deram à luz a oito filhos, duas delas morreram ainda recém-nascidas.
Seu marido, Martinho da Silva Prado, se tornou um grande produtor de açúcar na região de Araras e Veridiana deu seus primeiros passos neste tipo de negócio. Foi com a ajuda financeira dela, que a família comprou a propriedade Campo Alto, responsável pela produção de cana-de-açúcar.
Após mais de dez anos de relacionamento, Veridiana se divorciou de Martinho e se aventurou em outros ramos econômicos. Depois de um período em Paris, ela inicia a construção de seu palacete, localizado onde hoje é a Rua Veridiana. Sua belíssima residência ganha destaque na sociedade paulista, devido a beleza. Em algumas ocasiões, o local foi palco de encontros entre ela e a Família Real do Brasil, na figura da Princesa Isabel e de Dom Pedro II.
Veridiana foi ainda uma grande doadora de recursos e divulgadora das obras da Santa Casa de Misericórdia, a quem deixou destinada parte da sua fortuna após o seu falecimento.
Rua Dona Antônia de Queirós
Mais uma mulher forte da elite paulistana do século XIX foi Antonia Eufrosina de Campos Vergueiro, que depois de casada recebeu o nome de Antônia de Queirós. Ela é mãe de Maria Angélica de Sousa Queirós, que citamos há pouco e que dá o nome à Avenida Angélica.
Filha do Senador Vergueiro, um imigrante português bastante rico e que se instalou no interior de São Paulo para produzir café e outros tipos de mercadorias, Antônia se casou com o também produtor rural Francisco Antônio de Sousa Queirós. Com a união recebeu também o título de Baronesa de Sousa Queirós.
Rua Baronesa de Itu
O nome da Baronesa de Itu era Leonarda de Aguiar de Barros, ela era filha do Coronel Antônio Francisco de Aguiar e recebeu o título de baronesa depois de se casar com Bento Paes de Barros, que era o Barão de Itu.
Seu marido e um de seus irmãos foram importantes combatentes durante a Revolução Liberal de 1842. Juntos eles lideraram as tropas oriundas de Itú, no interior de São Paulo, fato que elevou ainda mais o status da família perante a sociedade do estado.
Rua Maria Antônia
A pessoa por trás do nome da rua foi Maria Antônia da Silva Ramos, outra mulher muito influente, rica e conhecida da cidade de São Paulo. Nascida em Castro, no Paraná, filha de João da Silva Machado, conhecido como Barão de Antonina, Maria Antônia se mudou para São Paulo junto com a família, quando o pai adquiriu terras no estado.
Em 1835, casou-se com o então Tenente Coronel Mariano José da Cunha Ramos, que havia sido vereador em Bragança Paulista e na capital do estado recebeu o cargo de capitão da Guarda Nacional. Juntos, o casal teve dois filhos. Pouco tempo depois do matrimônio, já em 1837, Maria Antônia perdeu o marido. Porém, ela sempre foi uma mulher de negócios e chegou a ser acionista do Banco Hipotecário de São Paulo, algo que não era comum de acontecer na sociedade daquela época.
O nome da rua foi dado em 1883, quando construíram a primeira via da região em frente à chácara que Maria Antônia residia, num período em que o bairro nem se chamava Higienópolis.
Conheça Higienópolis
Como você acompanhou neste texto, as ruas de Higienópolis preservam a história de uma sociedade antiga, que ajudou a urbanizar a região e desenvolver São Paulo. Além do componente riquíssimo que contamos aqui, o bairro é um dos mais seguros e com os melhores imóveis para você morar.
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